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Tribunal de Justiça inicia segundo semestre com 130 novos servidores
Notícia publicada por Assessoria de Imprensa em 12/07/2019 19:03
Maior parte dos concursados empossados é formada em Direito. Estabilidade, benefícios e carreira são atrativos

 

Em meio a um auditório lotado, um convidado para a posse dos 130 novos servidores do Tribunal de Justiça do Rio, realizada nesta sexta-feira (12/7), chamava a atenção pela elegância. O pequeno Lucas, de apenas três meses, compareceu à solenidade de camisa e calça sociais e gravata borboleta para a posse do pai, o técnico judiciário Leonardo Henrique da Silva, de 37 anos. Formado em Direito e com pós-graduação em Direito Administrativo, ele trabalhava no Inca como servidor do Ministério da Saúde, na área de cumprimento de mandados judiciais, e já atuou no Legislativo em Petrópolis, na Região Serrana, mas queria ter a experiência de atuar no Judiciário:

- O crescimento que o TJ proporciona na carreira é muito importante. Os benefícios também são muito bons. Já tinha feito concurso para técnico anteriormente e pensei: vou continuar até passar. É um sonho realizado! – contou com uma ponta de orgulho.

 

                                                                     O técnico judiciário Leonardo Henrique da Silva com seu filho Lucas, de três meses

 

Já Alexandre Arantes Ferreira, que completou 40 anos na véspera da posse, viu seu ingresso no TJRJ como técnico judiciário como um presente. Formado em Direito, tinha largado um emprego bem remunerado na área para poder estudar e, assim, correr atrás do sonho de conquistar a estabilidade. Hoje, trouxe o filho e a esposa para comemorar a posse e o aniversário:

- A valorização do servidor, os benefícios, o salário e a estabilidade me fizeram querer vir para o TJ. Agora, poderei ter auxílio-creche, auxílio-educação e um plano de saúde para o meu filho - comemorou o novo servidor, que ainda aguarda ser convocado para analista judiciário, cargo para o qual também fez concurso.

 

                                                                          O técnico judiciário Alexandre Arantes Ferreira com filho e esposa

 

Em viagem de férias pela Itália com a esposa, o então sargento do Exército – onde trabalhou por 18 anos - Augusto José Pereira da Rocha, de 42 anos, soube da sua aguardada e sonhada convocação para analista judiciário na especialidade execução de mandados:

- Lá eram 2h da manhã quando vi a convocação. Eu consultava todo dia o Diário Oficial. Estava na casa de um amigo e não podia gritar para não acordar a vizinhança. Foi uma felicidade! Nem consegui dormir direito. Já tinha feito vários concursos e batia na trave. Demorou um pouquinho, mas, graças a Deus, passei e fui chamado – contou.

 

                                                   O juiz José Guilherme Vasi Werner com o analista judiciário Augusto José Pereira da Rocha Junior

 

Judiciário em permanente evolução

Diante de um auditório que transbordava felicidade, como demonstraram Leonardo, Alexandre e Augusto, o presidente do Tribunal de Justiça do Rio, desembargador Claudio de Mello Tavares, deu as boas-vindas aos novos servidores, destacou que eles vão poder dormir tranquilos com a garantia de um cargo público e que terão a oportunidade de trabalhar no Tribunal mais produtivo do país.

- Estou no TJ há 23 anos e continuo amando o que faço. O trabalho de vocês, somado ao dos servidores que aqui já atuam, ajudará este Tribunal a alcançar novos patamares de modernização e eficiência.

 

                                                                      O presidente Claudio de Mello Tavares com o técnico judiciário Rodrigo Galhardo

 

O desembargador contextualizou que estamos diante de um mundo em permanente mutação, com a globalização, avanços tecnológicos, novas descobertas científicas e relações sociais complexas.

- O Poder Judiciário, por sua vez, passa por uma mudança de paradigmas na sua gestão administrativa e judicial. Com a ampliação dos seus serviços e da sua atuação, decorrente das exigências e necessidades da sociedade contemporânea, o Judiciário parte, cada vez mais, para um modelo gerencial com planejamento, objetivos, metas, resultados e indicadores estatísticos – disse.

Ele destacou que os desafios são grandes, mas as ideias, a disposição para trabalhar e a vontade de acertar e fazer o melhor precisam ser ainda maiores:

- Sabemos do imprescindível papel do servidor para o êxito de todos os nossos projetos - enfatizou.

Os juízes auxiliares da Corregedoria Geral da Justiça José Guilherme Vasi Werner e Guilherme Pedrosa representaram o Corregedor, desembargador Bernardo Garcez. O diretor-geral de Gestão de Pessoas, Gabriel Albuquerque, também foi à solenidade receber os novos servidores.

- Vocês farão parte de uma família de 12.400 servidores, todos com alta produtividade. Sejam bem-vindos à nossa casa – disse o juiz Guilherme Pedrosa.

Após se dedicar durante alguns anos para a prova realizada em 2014, a bacharel em Direito Ana Carolina de Moura, de 32 anos, viu na posse para técnico judiciário uma nova motivação para voltar a estudar. Com a difícil situação financeira do estado, pensou que não seria mais convocada e seguiu carreira na advocacia.

- O que me atrai no Tribunal é a carreira. Fiz Direito e queria algo ligado ao Judiciário. Aqui tenho a oportunidade de fazer o que eu gosto com a garantia da estabilidade, da segurança. Minha expectativa é de dar o melhor para ajudar o maior número de pessoas. Já estive do outro lado.

 

                                                               A nova servidora Ana Carolina de Moura com sua mãe, Sandra Regina de Moura

 

A também advogada Renata Teixeira de Pontes, de 32 anos, ainda não tinha filhos quando fez o concurso para técnico judiciário. Agora, mãe da Isabella, de 8 meses, a ex-servidora da Defensoria Pública do Estado afirmou ter sido atraída pelos benefícios oferecidos pela Justiça fluminense. Ela levou a filha, o marido e os pais para compartilhar a alegria da posse, que chegou a acreditar que nunca aconteceria.

- Foi uma grande surpresa. É um degrau a mais na carreira – comemorou.

Para o novo técnico judiciário Cassio de Freitas, de 26 anos, cadeirante, ter trabalhado por dois anos como advogado colaborou para que ele tivesse um outro olhar sobre o Judiciário. Agora, espera poder se dedicar a fornecer a melhor prestação jurisdicional. Para ele, em tempos de alto índice de desemprego, a estabilidade é uma sonhada garantia.

- A estabilidade é muito importante porque no atual estado de desemprego da população ter um emprego garantido é uma grande conquista. Espero encontrar um grande aprendizado e poder colaborar com a experiência que eu trago de fora e com a que pretendo obter aqui para proporcionar um bom serviço para a população – afirmou Cassio, que sonha um dia se tornar juiz do TJRJ.

 

                                                                                                     Cassio José Mendes de Freitas, técnico judiciário

 

Concursos suspensos

Com provas realizadas em 2014, a nomeação foi possível devido ao Ato Normativo nº 08/2016, que suspendeu a contagem do prazo e a validade dos concursos públicos realizados e homologados pelo Poder Judiciário do Estado antes do início da vigência da Lei Estadual nº 7.483, de 2016, que reconheceu o estado de calamidade pública no âmbito da administração financeira do estado.

A atual gestão já nomeou 256 novos servidores, incluindo os empossados desta sexta-feira. As convocações buscam reduzir a carência gerada pela aposentadoria de 580 serventuários.

Compareceram também à cerimônia os juízes auxiliares da Presidência Luiz Umpierre de Mello Serra e Marcello Rubioli. Os recém-empossados começarão a trabalhar na próxima segunda-feira (15/7).

SF/FS

Fotos: Brunno Dantas