Autofit Section
A arte como agente de transformação de vidas
Notícia publicada por Assessoria de Imprensa em 19/06/2019 18:16

Olhos atentos, mãos curiosas e um mundo novo à frente. João Silva Ferreira, 35 anos, nunca tinha entrado em uma exposição de arte e se surpreendeu com as obras criadas com material reciclável pelo artista Alexandre Pinhal. A mostra

“Absurdos insustentáveis – A arte como agente transformador na preservação do Meio Ambiente” está aberta ao público no Museu da Justiça - Centro Cultural do Poder Judiciário (CCMJ) e traz diversos trabalhos que mexem com a emoção, com os sentidos e com a imaginação de quem visita o espaço.

– Ver isso tudo me fez pensar que eu posso dar vida ao que eu quiser. Cada traço ali tem um objetivo, às vezes não está explicado, mas está impregnado na arte. O artista deu vida a algo que aos olhos de outras pessoas seria inútil. Eu acho que consigo – disse João, com os olhos vidrados no trabalho intitulado “Família” - escultura que reúne diversos elementos sob proteção única.

As criativas peças da exposição, elaboradas a partir de materiais inusitados, desde copos descartáveis a CDs derretidos, despertaram nos integrantes dos projetos “Começar”, “Justiça Pelos Jovens” e “Jovens Mensageiros”, todos do Departamento de Ações Pró- Sustentabilidade (Deape) do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ), um olhar que foi além da curiosidade: abriu horizontes.

A visita do grupo à mostra teve o objetivo de incentivar, através da arte, os jovens e adultos participantes dos projetos a encontrarem caminhos nesse universo. E, quem sabe, motivar inspirações para criações no dia a dia. Uma curiosidade para o público é que todas as obras podem ser tocadas durante a visita.

Para Jonatas Luiz Barros, que até pouco tempo atrás não sabia o que era uma exposição e pisou no Museu da Justiça pela primeira vez, a experiência foi reveladora.

– Pensei que encontraria muitas pessoas engravatadas e encontrei plástico bolha em obras de arte, é maravilhoso! Eu cresci em comunidade, não achava que entraria em um lugar tão bonito como esse e com tanta coisa diferente. Quando a gente fala de reciclagem pensa logo em garrafas pet, vidros. Nunca imaginei que isso tudo pudesse ser transformado em obras de arte - comentou.

Para a curadora da exposição, a artista plástica Isabela Francisco, a arte é um dos maiores agentes de transformação dentro da sociedade.

– Esses jovens, às vezes não tem tempo ou oportunidade de conhecer a arte. Então as experiências deles, sejam eles adultos ou adolescentes, nos enriquece. Não importa como eles veem a arte, o que importa é que eles sejam tocados por ela e acho que hoje, pelos olhares, esse objetivo foi alcançado.

A exposição “Absurdos insustentáveis – A arte como agente transformador na preservação do Meio Ambiente” reúne 55 trabalhos e está em cartaz no Museu até o dia 31 de agosto.

JO/FS

Fotos: Felipe Cavalcanti/TJRJ