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Destino de bebê de vítima de violência doméstica ainda não está definido, afirma juíza de Barra Mansa
Notícia publicada por Assessoria de Imprensa em 22/03/2019 16:17

O destino do bebê de Maria Edjane de Lima, grávida que morreu após sofrer violência doméstica, ainda não está definido. A juíza Anna Carolinne da Costa, da 2ª Vara de Família, Juventude e Idoso de Barra Mansa, esclareceu que a criança permanece hospitalizada e que, em casos como esse, são necessárias tentativas de localização de familiares da menor que possam vir a ter interesse em ficar com ela.

- Sendo inviável a entrega da guarda para a família extensa, a criança é colocada para adoção, observando-se as precauções legais de respeito ao cadastro e fila de adotantes habilitados, explicou a magistrada.

Entenda o caso

Maria Edjane, de 35 anos, foi espancada no dia 4 de março pelo seu marido, Oberdan Gonçalves Braga, de 45 anos. Ela chegou a ser chutada na barriga, o que provocou um descolamento de placenta. Ela foi socorrida por uma vizinha e levada a um hospital, onde foi submetida a um parto de emergência, mas não resistiu e morreu.

Oberdan já havia ameaçado a vítima de morte e furtado seu celular. Por isso, em dezembro de 2018, o Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher de Barra Mansa concedeu uma medida protetiva a Maria Edjane.

Somente em janeiro deste ano, foram registrados 77 novos casos de violência doméstica no município. Em 2018, a Justiça fluminense registrou em todo o estado 88 casos de feminicídio – assassinato de uma mulher pelo simples fato de ser mulher, por questões de gênero.

SP/FS