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Justiça condena chefe de tráfico por comandar, por celular, tortura de adolescente
Notícia publicada por Assessoria de Imprensa em 17/01/2019 19:28

O juiz em exercício da 2ª Vara Criminal de Campos dos Goytacazes, Leonardo Cajueiro d'Azevedo, condenou nesta quinta-feira, dia 17 de janeiro, o chefe do tráfico de uma favela daquela cidade e outros cinco criminosos pela tortura de uma adolescente porque ela residia numa comunidade dominada por facção rival e namorava um jovem ligado ao grupo criminoso. A jovem foi fotografada nua, teve o cabelo raspado e o cano de um revólver apontado para sua boca e órgãos genitais. Ela sobreviveu, depois de ter sido localizada por um policial militar.

Preso desde março do ano passado, o chefe do tráfico da comunidade Santa Rosa, Francio da Conceição Batista, o Nolita, fora denunciado pelo Ministério Público estadual por ter comandado a tortura por meio de telefone celular, diretamente da casa dele, onde cumpria pena em regime de prisão domiciliar. Além dele, foram condenados a 12 anos de prisão em regime fechado Diego Alves da lva, Fabiano da Silva dos Santos, Romário Soares Armando e Paulo Victor Fernandes. Os criminosos foram condenados também por corrupção de menores. Outro criminoso, Jhony Cândido Barreto, também foi condenado a 20 anos de reclusão pelas mesmas práticas. A pena maior – 22 anos em regime fechado – foi dada ao chefe do tráfico, conhecido como Nolita. Segundo a denúncia, foi ele quem deu a ordem de sequestrar e torturar a adolescente, pelo telefone.

De acordo com o processo, um dos acusados, Jhony Cândido Barreto, foi visto implantando terror no Ciep Santa Rosa, que fica na comunidade. Segundo testemunhas, o criminoso decidia quem poderia estudar lá ou não, a mando da facção criminosa do traficante Nolita.

 Processo: 0005296-29.2018.8.19.0014

JAB